terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A arte de reciclar água

por Luciana Franco, de Tel Aviv – fonte: GLOBO RURAL / Cambici – A Watec 2011 – 6º Feira e 3ª Conferência Internacional sobre Tecnologias de Uso da Água, Energia Renovável e Controle Ambiental reuniu em Tel Aviv, em Israel, executivos, políticos, pesquisadores e formadores de opinião de mais de 100 países. A feira, que apresentou as principais tendências tecnológicas para a produção e conservação de recursos hídricos, recebeu delegações de três estados brasileiros: Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco.
O evento mostrou como o Estado de Israel, um país que é dotado de uma geografia hostil, se tornou líder mundial em pesquisa em recursos hídricos e já reutiliza 85% da água que produz, por meio de tecnologias que vão desde o bombardeio de nuvens e a reciclagem de água de esgoto até a dessanilização da água do mar. O país se transformou num polo de desenvolvimento de tecnologias para o uso eficiente de água e tem muito a ensinar aos países emergentes que buscam alternativas para amenizar as pressões sobre os grandes centros urbanos.
Israel ganhou destaque mundial com os sistemas de irrigação que viabilizaram a agricultura no deserto. A Netafim, por exemplo, atua desde 1965 e criou o sistema de irrigação conhecido como “gotejamento”, que reduz o uso de água em cerca de 40%. A companhia possui 13 fábricas espalhadas por cinco continentes e opera 31 empresas subsidiárias e um sistema de distribuição que alcança 110 países. No Brasil, a Netafim é líder no mercado em projetos de microirrigação, com 31% de participação, e anunciou recentemente um investimento de R$ 10 milhões em uma fábrica na cidade de Cabo de Santo Agostinho (PE). A unidade vai produzir tubos gotejadores e microaspiradores.
Além do Brasil, a Netafim atua em mercados emergentes mundiais como China e Vietnã. A irrigação não é mais um desafio para os pesquisadores israelenses, que agora estudam a criação de sistemas para usar melhor as escassas fontes de energia do país, onde 82% do esgoto é reutilizado na agricultura e indústria. Para o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Edson Giriboni, a feira apresentou novidades muito interessantes para o setor.
“Ficamos impressionados com as tecnologias de reúso da água. Israel reutiliza boa parte da água que consome na agricultura e, nesse aspecto, nossa preocupação foi com a licença ambiental, mas descobrimos que o aval a essa tecnologia é tanto interno como externo, por meio de órgãos da União Europeia”, diz Giriboni. Entre as novidades apresentadas na feira estão soluções modernas de filtragem, reciclagem e análise de qualidade da água, como o uso de bactérias luminosas que verificam a qualidade da água em poucos segundos, que devem chegar ao Brasil em 2012.
A jornalista viajou a Tel Aviv, em Israel, a convite do Consulado de Israel

As boas notícias (ainda que possam não ser notícias de interesse amplo…)

As palavras ganham força quando são usados massivamente em cada época.

Sem dúvida uma dessas palavras têm sido SUSTENTABILIDADE. Todos os programas de governo e de corporações passam, necessariamente pela chancela de serem Sustentáveis.

Este vídeo promovido pelo programa Cidades Sustentáveis apresenta de forma simples e muito objetiva do que é que se está falando.

 

Vídeo para sensibilizar, mobilizar e oferecer ferramentas para que as cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável.

 

Trata-se de uma aula de cidadania e de bom senso (quem se lembra o que é bom senso? Pois é; pelo jeito ainda não desapareceu, não…).

Ações sustentáveis são as que garantirão à nossa vida mais alegria, mais saúde e – claro – uma grande oportunidade de continuidade evolutiva…

vejam o vídeo e opinem…

 

Sem dúvida trata-se de uma ótima notícia que merece ser conhecida e divulgada. Faça sua parte…

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cadê o Nióbio que ‘tava’ aqui? “Alguém” levou…

Nesta imagem percebe-se uma das aplicações do NIÓBIO, para supercondutores. esta imagem foi obtida no Blog JB|WIKI, cuja matéria também merece ser lida.

Minha intenção ao postar esse tipo de assunto é para que haja um despertar crescente do povo brasileiro. Sim; do povo brasileiro, já que os políticos brasileiros e as mega empresas internacionais já o conhecem há um bom tempo e sabem a forma de adquirir esse precioso minério de forma bem acessível, se é que podem entender do que falo…

Sempre que coloco esse tipo de tema tenho a esperança de ver que alguém fez um comentário… Será que minha expectativa é muito elevada?

Quem sabe algum dia, não é mesmo?

Tomara que ainda tenhamos “esse dia” em algum dia…

Floresta privatizada em Rondônia esconde nióbio, o mineral mais estratégico e raro no mundo.

Matéria produzida por Nelson Townes e publicada no portal www.noticiaro.com. (Postado em Porto Velho, Rondônia, em 6/3/2011, domingo, às 18h06 GMT -4)

Com o início da Era Espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio brasileiro, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr, Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear.
Bem que o governador de Rondônia, o médico Confúcio Moura, ficou meditando sobre o interesse da China por este Estado da Amazônia. As primeiras delegações estrangeiras que ele recebeu na Capital, Porto Velho, após tomar posse como novo governador foram de chineses. Primeiro veio um grupo de empresários , logo seguidos pela visita do próprio embaixador da China no Brasil, Qiuiu Xiaoqi e da embaixatriz Liu Min.
Os chineses não definiram, nas palavras do governador, o que lhes interessa em Rondônia. Mas, é possível que a palavra “nióbio” tenha sido pronunciada durante as conversações.
Confúcio Moura comentaria após as visitas partirem que “algo de sintomático paira no ar” e fez uma visita à Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais em Rondônia (CPRM) para saber de suas atividades no Estado.
Oficialmente, o governador nunca se referiu ao nióbio como um dos temas das conversas com os chineses. Mas, o súbito interesse do médico governador por geologia gerou comentários.
Seria ingenuidade descartar o nióbio dos motivos que levariam os chineses a viajar do outro lado do planeta para Rondônia. Este é um dos Estados da Amazônia que tem esse minério estratégico de largo uso em engenharia civil e militar de alta tecnologia. A China não tem nióbio e importa do Brasil 100 por cento do que usa.
O problema é que as jazidas atualmente conhecidas em Rondônia estão localizadas na Floresta Nacional (Flona) do Jamari, por onde o governo petista de Lula começou a “vender” a Amazônia para particulares (são concessões com prazo de 60 anos.)
O então presidente dos Estados Unidos, George Bush, fez uma visita ao Brasil e abraçou o presidente Lula quando o Brasil decidiu leiloar a Amazônia.
Os particulares vencedores do leilão da floresta, historicamente, acabam se consorciando a estrangeiros, e riquezas da bio e geodiversidades de Rondônia poderão continuar a migrar para o Exterior, restando migalhas para o povo rondoniense.
Ninguém está duvidando da boa intenção dos empresários chineses e, se de fato é o nióbio que atrai sua atenção para Rondônia, o Estado pode estar nas vésperas de realizar uma parceria comercial e reverter uma história de empobrecimento causada pela má administração de suas riquezas naturais.
O nióbio, hoje, representa o que foi a borracha há um século para o desenvolvimento industrial das potências mundiais da época. O Brasil, que tem o monopólio mundial da produção desse minério estratégico e vive um Ciclo do Nióbio, está, no entanto, repetindo erros ocorridos durante o Ciclo da Borracha na Amazônia entre os séculos 19 e 20.
Por exemplo, embora seja o maior produtor do mundo, o Brasil deixa que o preço do minério seja ditado pelos estrangeiros que o compram (como acontecia no Ciclo da Borracha.)
O nióbio (Nb) é elemento metálico de mais baixa concentração na crosta terrestre, pois aparece apenas na proporção de 24 partes por milhão.
Quase anônimo, entrou na lista dos "novos metais nobres" por suas multiplicas utilidades nas recentes “tecnologias de ponta”. Praticamente só existe no Brasil (que tem entre 96 a 97 por cento das jazidas.
O nióbio é usado principalmente para a fabricação de ligas ferro-nióbio, de elevados índices de elasticidade e alta resistência a choques, usadas na construção pontes, dutos, locomotivas, turbinas para aviões etc.
Por ter propriedades refratárias e resistir à corrosão, o nióbio é também usado para a fabricação de superligas, à base de níquel (Ni ) e, ou de cobalto (Co), para a indústria aeroespacial (turbinas a gás, canalizações etc.), e construção de reatores nucleares e respectivos aparelhos de troca de calor.
Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr, Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear, e também para fins relacionados à supercondutividade. Os tomógrafos de ressonância magnética para diagnóstico por imagem, utilizam magnetos supercondutores feitos com a liga NbTi.
Com o nióbio são feitas desde ligas supracondutoras de eletricidade a lentes óticas. Tudo o que os chineses estão fazendo, desenvolvendo-se como potência tecnológica, industrial e econômica.
“O nióbio otimiza o uso do aço na indústria de aviação, petrolífera e automobilística”, explica a jornalista Danielle Nogueira, em artigo no site Infoglobo.
Em países desenvolvidos, são usados de oitenta gramas a cem gramas de nióbio por tonelada de aço. “Isso deixa o carro mais leve e econômico”. Na China, são usadas apenas 25 gramas em média de nióbio por tonelada.
Analistas dizem que no mercado asiático estão as chances de expansão das exportações – e utilização do minério. O Japão também importa 100 por cento do nióbio do Brasil. No Ocidente, os Estados Unidos importam 80 por cento e a Comunidade Econômica Europeia, 100.
O diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes, citado por Danielle Nogueira, disse que “boa parte do potencial de expansão de nossas exportações de nióbio está na China.”
“Em 2010, a receita com vendas externas de nióbio foi de US$ 1,5 bilhão. Foi o terceiro item da pauta de exportações minerais, atrás de minério de ferro e ouro. As duas empresas que atuam no setor no Brasil são a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, do grupo Moreira Sales e dona da mina de Araxá (MG), e a Anglo American, proprietária da mina de Catalão (GO.)”
É provável, portanto, que o principal interesse dos chineses por Rondônia seja exatamente o nióbio escondido no sub solo do Estado, em números ainda não bem conhecidos, especialmente em terras que podem ser compradas ainda que indiretamente por estrangeiros.
Até o momento, segundo o Mapa Geológico de Rondônia feito pelo CPRM, foram descobertas jazidas desse minério na região da Floresta Nacional (Flona) do Jamari.
A área tem mais de 220 mil hectares de extensão, localizada a 110 km de Porto Velho, atinge os municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim e Candeias do Jamari. Além da enorme quantidade de madeira e água, o subsolo da floresta a ser leiloada é rico, além de nióbio, de estanho, ouro, topázio e outros minerais.
As jazidas de Araxá (MG) e Catalão (GO) eram consideradas as maiores do mundo até serem descobertas as da Amazônia.
As jazidas de Rondônia são as menores da Amazônia, mas há ainda muito a ser investigado. Na região do Morro dos Seis Lagos, município de São Gabriel da Cachoeira (AM), encontrou-se o maior depósito de nióbio do mundo, que suplanta em quantidade de minério, as jazidas de Araxá (MG) e Catalão (GO), antes detentoras de 86% das reservas mundiais.
Por que os chineses desembarcaram em Rondônia – se um de seus supostos interesses, o mais óbvio, seriam negócios com nióbio, embora existam poucas jazidas aqui? Porque o minério estratégico está na Floresta Nacional do Jamari, que o governo petista de Lula escolheu, em 2006, através da então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.para iniciar a privatização da floresta.
Não seria surpresa se os chineses resolvessem, de alguma forma, em participar do leilão da Flona do Jamari. Em outras áreas, como em Roraima, onde se supõe existir uma reserva de nióbio maior do que todas as conhecidas no país, é mais difícil extrair o minério porque ele está, em princípio, preservado e inalienável por pertencer ao território indígena da Raposa do Sol. A venda de florestas em Rondônia abre caminho para a exploração de sua biogeodiversidade por estrangeiros.
O plano do governo federal é dividir a Flona do Jamari em três grandes áreas (17 mil, 33 mil e 46 mil hectares) e usa-la como modelo, concedendo o direito de exploração à grandes empresas com o discurso de que preservariam melhor o meio ambiente.
Das oito empresas que se inscreveram para entrar na disputa, não há nenhuma das pequenas e médias madeireiras que já atuam na região há vários anos.
A privatização da floresta tem sofrido embargos judiciais. E o senador Pedro Simon (PMDB/RS) declarou na época que a proposta que trata a concessão de florestas públicas, transformada na Lei 11.284 em março de 2006, "foi no mínimo, uma das mais discutíveis que já transitaram no Congresso Nacional, além de ter sido aprovada sem o necessário aprofundamento do debate."
O interesse das potências estrangeiras pelas riquezas naturais brasileiras é antigo. Os brasileiros prestaram mais atenção ao nióbio em 2010, quando o site Wikileaks disse que o governo americano incluiu as minas de nióbio de Araxá (MG) e Catalão (GO) no mapa de áreas estratégicas para os EUA. O mapa certamente inclui agora as grandes jazidas dos Estados do Amazonas e Roraima e o pouco conhecido potencial de Rondônia.
Frequentemente a CPRM e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) são acusados de sub avaliar o tamanho das jazidas, das reservas.
Ainda assim, considerando-se válidas as estimativas da CPRM, o Brasil seria o dono de um superdepósito de nióbio, com 2,9 bilhões de toneladas de minérios, a 2,81% de óxido de nióbio, o que representaria 81,4 milhões de toneladas de óxido de nióbio contido, nada menos do que 14 vezes as atuais reservas existentes no planeta Terra, incluindo aquelas já conhecidas no subsolo do país.
Os minérios de nióbio acumulados no "Carbonatito dos Seis Lagos" (AM), somados às reservas medidas e indicadas de Goiás, Minas Gerais e do próprio estado do Amazonas, passariam a representar 99,4% das reservas mundiais.
O nióbio, portanto, é um minério essencialmente nacional, essencialmente brasileiro, mas quem fixa os preços é a "London Metal Exchange - LME", de Londres.
O contra-almirante reformado Roberto Gama e Silva, sugeriu, na condição de presidente do Partido Nacionalista Democrático (PND), a criação pelo governo do Brasil da Organização dos Produtores e Exportadores de Nióbio (OPEN), nos moldes da Organização dos Produtores de Petróleo (OPEP), a fim de retirar da "London Metal Exchange (LME) o poder de determinar os preços de comercialização de todos os produtos que contenham o nióbio.
A LME fixa, para exportação, preços mais baixos do que os cobrados nas jazidas.
“Evidente que as posições do Brasil, no novo organismo, seriam preenchidas com agentes governamentais que, não só batalhariam para elevar os preços dos produtos que contém o nióbio, mas, ainda, fixariam as quotas desses materiais destinadas à exportação” – diz Silva.
De qualquer forma, em 2010, a receita com vendas externas de nióbio foi de US$ 1,5 bilhão. Foi o terceiro item da pauta de exportações minerais, atrás de minério de ferro e ouro.
Num encontro com jornalistas, realizado em 7 de fevereiro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que um novo marco regulatório da mineração no Brasil será encaminhado ao Congresso ainda no primeiro semestre deste ano.
Lobão disse que serão encaminhados três projetos independentes: um que trata das regras de exploração do minério, outro que cria a agência reguladora do setor e um terceiro que trata exclusivamente dos royalties.
Segundo Lobão, o Brasil tem hoje um dos menores royalties do mundo. “Nós cobramos no Brasil talvez o royalty mais baixo do mundo. A Austrália e países da África chegam a cobrar 10% e o Brasil apenas 2% ".

Aquíferos no Brasil

Esta foto foi extraída do Blog que trata de questões ambientais, dentre outros assuntos, revela a descoberta desse aquífero, baseado na pesquisa da Universidade Federal do Pará, conforme noticiado pelo Último Segundo.

As notícias, sem dúvida importantes, devem nos levar a uma profunda reflexão sobre a forma como temos tratado desse bem, especialmente nos últimos 150 / 200 anos.

A ocorrência das secas em várias regiões do globo, bem como em algumas das regiões brasileiras fora das áreas mais castigadas pela seca (caso do Nordeste e parte do Centro Oeste). Temos crise hídrica no Rio Grande do Sul, no Paraná e em São Paulo.

Cito esses três estados apenas, já que não conheço mais profundamente essa questão em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina (só para aumentar um pouco a lista de regiões críticas).

Os links estão apresentados. Se alguém quiser conhecer um pouco mais e dar mais uma chance à vida, está é uma das oportunidades que nos são apresentadas.

Reflita, também, sobre as reações que descobertas dessa natureza podem despertar naqueles que vivem em regiões de seca…

Seca no Texas e falta de juízo nossa


Está provado que alguns dos maiores perrengues da humanidade ocorrem ou por cabeça dura ou por dissonância cognitiva. Para a sabedoria popular: "Pior cego é o que não quer ver".

Quase não é noticiada na mídia local a situação pela qual o Texas está passando.
Muito menos ainda é feita uma análise sobre a situação atual e suas causas anteriores. Nada!
Apenas poucas linhas trazem uma informação desconectada com o cenário que causou essa situação. Citar La Niña é muito pouco. É quase duvidar do QI de quem lê.

Já estão pensando em usar a água do esgoto.

Esse Mapa traz a situação crítica em imagens:

O mapa também mostra além do Texas, Kansas, Oklahoma e o sul do Colorado.

Este link traz alguns dados de quebra de produção agrícola e da extensão dos valores monetários dos danos:


Por que levantar essa questão?

Porque a situação da água no planeta Terra é um painel piscando com a luz vermelha há muito tempo e parece que isso não nos diz respeito. Até quando vamos olhar para essas coisas com caras abestalhadas? Até onde vai nossa cabeça dura ou nossa dissonância cognitiva??




Nos blogs estão as notícias e imagens mais atualizadas e completas:




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Seca no Texas força reciclagem de água de esgoto

A seca no Texas, Estados Unidos, se tornou tão grave que os gestores municipais de água têm se voltado para uma idéia: reciclar a água de esgoto.

O pensamento pode parecer desagradável, mas em breve se tornará realidade no estado norte-americano, quando a construção da nova fábrica feita pelo Distrito de Água Municipal de Colorado (CMWD) em Big Spring, estiver concluída. A planta terá água tratada a partir da osmose reversa e, em seguida, desinfetada e purificada.

“Estamos levando o efluente tratado (águas residuais), normalmente descarregado em um riacho, e misturando-o com água", disse o gerente distrital John Grant ao Discovery News. A cidade de Big Spring anunciou o projeto no ano passado e, com a situação atual de seca no Texas, a nova fábrica não poderia ter vindo em melhor hora.

A água que abastece a cidade de 27 mil habitantes vem do Rio Colorado, que tem preparado uma planta para captar águas residuais tratadas para reciclagem.

“Em essência, o sistema agiliza o que naturalmente ocorre com o fluxo da água descarregada através de zonas úmidas, com resultados mais primitivos”, informou Grant.

Menos de três milímetros de chuva caiu sobre West Texas durante muitos meses. Normalmente, a região recebe mais de 178 mm nesta época do ano, de verão no hemisfério norte. Esta semana, o monitor de seca do Departamento de Agricultura mostrou que 75% do Texas está em uma fase seca "excepcional".

Juntamente com um clima extremamente quente, os níveis da água em reservatórios caíram e os lagos estão secando. No último mês, o distrito impôs uma redução de 20% da água para todos os moradores.

Os texanos não são os únicos que estão procurando melhorar seus problemas com a água. O Departamento de Água e Energia de Los Angeles está considerando um projeto de US$ 700 milhões para continuar o tratamento de água recuperada, atualmente utilizada para irrigação e usos industriais, de modo que possa ser injetado nos poços abaixo da barragem de Hansen. Isso reduziria a dependência de fontes de água muito disputadas a partir do norte da Califórnia e do Rio Colorado.

A NASA levou a ideia da reciclagem de águas residuais ainda mais longe. O banheiro, a bordo do segmento da Estação Espacial Internacional dos EUA, inclui um tanque que recolhe e filtra a urina, o primeiro passo em um processo árduo e bem monitorado para recuperar água da urina para beber, cozinhar, limpeza e outros usos.

A planta de recuperação de água no Texas é prevista para ser concluída e estar em funcionamento até 2012. O sistema vai produzir dois milhões de litros de água por dia a partir do esgoto. As autoridades da cidade disseram que o "abastecimento de água à prova de seca" produzida pela usina irá ajudá-los a atender às demandas municipais em seus recursos correntes.

Redação CicloVivo

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Seca e ventania intensificam incêndio no Texas; duas pessoas morrem

Bombeiros tentam controlar 60 focos de incêndio, que já queimaram 500 casas e deixaram cinco mil desabrigados. Prejuízos somam US$ 5 bilhões.
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Alerta de incêndio nos Estados Unidos, após fogo se alastrar no estado americano do Texas e queimar 500 casas. Ao todo, cinco mil pessoas tiveram que sair de suas casas. Os bombeiros tentam controlar 60 focos de incêndio e o fogo está sendo alimentado pela ventania forte e também pela seca, que é a pior desde 1950. Duas pessoas morreram e os prejuízos na agricultura chegam a US$ 5 bilhões.


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Texas sofre seca severa
2011-05-10
O estado norte-americano do Texas está a sofrer uma seca cuja severidade rivaliza com a de alguns dos mais secos desertos do mundo, noticia a AP.

Algumas partes do Estado não tiveram qualquer precipitação desde Agosto último. ( 2010)

Reservatórios de água para o gado e pastagens estão a secar e os residentes estão sob a ameaça constante de fogos, que já queimaram milhares de quilómetros quadrados.

Partes do estado estão esqueléticas, com praticamente nenhuma humidade nas camadas superiores do solo.

Em alguns locais, a erva está tão seca que quebra quando pisada.

Os rancheiros do principal Estado norte-americano produtor de gado estão a purgar as suas manadas dos elementos mais fracos para evitar custos suplementares de alimentação.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Você bebe água mineral? Tem certeza?


Essa não é uma notícia nova, mas como ainda está acontecendo é sempre bom lembrar.
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NESTLÉ MATA ÁGUA MINERAL SÃO LOURENÇO
AS ÁGUAS TURVAS DA NESTLÉ.
Carla Klein
Há alguns anos a Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço para fabricar água marca PureLife. Diversas organizações da cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões.
As águas minerais, de propriedades medicinais, e baixo custo, eram um eficiente e barato tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa.
Para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente.
A desmineralização de água é proibida pela Constituição. Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação.
Em outras palavras, a PureLife é uma água química.
A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido.

Troca de dutos na presença de fiscais é rotina. O terreno do Parque das Águas de São Lourenço está afundando devido ao comprometimento dos lençóis subterrâneos. A extração em níveis além do aceito está comprometendo os poços minerais, cujas águas têm um lento processo de formação. Dois poços já secaram. Toda a região do sul de Minas está sendo afetada, inclusive estâncias minerais de outras localidades. Durante anos a Nestlé vinha operando, sem licença estadual. E finalmente obteve essa licença no início de 2004.
Um dos brasileiros atuantes no movimento de defesa das águas de São Lourenço, Franklin Frederick, após anos de tentativas frustradas junto ao governo e imprensa para combater o problema, conseguiu apoio, na Suíça, para interpelar a empresa criminosa. A Igreja Reformista, a Igreja Católica, Grupos Socialistas e a ong verde ATTAC uniram esforços contra a Nestlé, que já havia tentado a mesma prática na Suíça.
Em janeiro deste ano, graças ao apoio desses grupos, Franklin conseguiu interpelar pessoalmente, e em público, o presidente mundial do Grupo Nestlé. Este, irritado, respondeu que mandaria fechar imediatamente a fábrica da Nestlé em São Lourenço.
No dia seguinte, o governo de Minas (PSDB), baixou portaria que regulamentava a atividade da Nestlé. Ao invés de multas, uma autorização, mesmo ferindo a legislação federal. Sem aproveitar o apoio internacional para o caso, apoiou uma corporação privada de histórico duvidoso. Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão.
Em uma dessas matérias, o vereador Cássio Mendes, do PT de São Lourenço, envolvido na batalha contra a criminosa Nestlé, reclama que sofreu pressões do Governo Federal (PT), para calar a boca.
Teria sido avisado de que o pessoal da Nestlé apóia o Programa Fome Zero e não está gostando do barulho em São Lourenço. Diga-se também que a relação espúria da Nestlé com o Fome Zero é outro caso sinistro.
A empresa, como estratégia de marketing, incentiva os consumidores a comprar seus produtos, alegando que reverte lucros para o Fome Zero. E qual é a real participação da Nestlé no programa? A contratação de agentes e, parece, também fornecendo o treinamento. Sim, a famosa Nestlé, que tem sido há décadas alvo internacional de denúncias de propaganda mentirosa, enganando mães pobres e educadores para a substituição de leite materno por produtos Nestlé, em um dos maiores crimes contra a humanidade.
A vendedora de leites e papinhas "substitutos" estaria envolvida com o treinamento dos agentes brasileiros do Fome Zero, recolhendo informações e gerando lucros e publicidade nas duas pontas do programa: compradores desejosos de colaborar e famintos carentes de comida e informação.Mais preocupante: o Governo Federal anuncia que irá alterar a legislação, permitindo a desmineralização "parcial" das águas.O que é isso? Como será regulamentado?
Se a Nestlé vinha bombeando água além do permitido e a fiscalização nada fez, como irão fiscalizar a tal desmineralização "parcial"? Além do que, "parcial" ou "integral", a desmineralização é combatida por cientistas e pesquisadores de todo o mundo. E por que alterar a legislação em um item que apenas interessa à Nestlé? O que nós cidadãos ganhamos com isso?

Sabemos que outras empresas, como a Coca-Cola, estão no mesmo caminho da Nestlé, adquirindo terrenos em importantes áreas de fontes de água.
É para essas empresas que o governo governa?
Colabore. Transmita estas informações para outras pessoas. Mais informações sobre o caso Nestlé em http://www.circuitodasaguas.org/

sábado, 3 de setembro de 2011

A Riqueza que o Governo do Brasil está deixando para os estrangeiros

vende-se
Faz algum tempo que alguns jornais têm noticiado sobre a questão do NIÓBIO. É claro que a grande maioria das pessoas ainda não se deu conta da importância desse elemento químico, cuja ocorrência na natureza é predominante no território brasileiro (especialmente na Amazônia).
Abaixo transcrevo (e destaco) algumas das suas aplicações. Acredito, realmente, que a liga formada com o NIÓBIO, venha a ser uma solução às usinas termonucleares.
Aplicações
O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.

  • Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.
  • Usado em soldas elétricas.
  • Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini.
  • O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em capacitores.
O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica (e quando puro) , tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores de tipo I, 9.3 K. Além disso, é um elemento presente em ligas de supercondutores que são do tipo II (como o vanádio e o tecnécio ), significando que atinge a temperatura crítica a temperaturas bem mais altas que os supercondutores de tipo I (30K, por exemplo).

Nesta semana foi anunciada a venda – pela bagatela de US$ 1,95 bi de 15% da CBMM (empresa de mineração e siderurgia de NIÓBIO)  aos chineses.
Essa questão é muito mais importante do que se discutir, por exemplo, a possível riqueza que o brasileiro teria com a exploração do pré-sal. O Nióbio já existe e está ao dispor, até agora pelos estrangeiros. Os nossos “governantes” teimam em desconhecer essa realidade.
A notícia foi divulgada pelo jornal Valor Econômico.
Outras informações sobre Nióbio: Nióbio - A riqueza que o Brasil Despreza; Nióbio, palavra proibida aos brasileiros; Nióbio. Mais uma notícia; etc..

Na área da riqueza mineral temos sido extremamente desatenciosos com nosso futuro. Ou será que podemos ficar tranquilos de que a enorme quantidade de minério de ferro (sem qualquer beneficiamento) exportada aos outros países, que retornam depois de receberem muito valor agregado, além de mão-de-obra, poderá continuar por quanto tempo mais…

Estamos sendo saqueados, sem que toda essa riqueza, sequer, passe pela contrapartida de gerar um mínimo de riqueza aos brasileiros. Ao menos nas questões de educação, saneamento básico, saúde e dignidade.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

As cidades mais poluídas do mundo

Pesquisa recente traz um ranking das maiores cidades poluídas do mundo.

Alguns dados interessantes chamam a atenção, a poluição dos cursos d´água é geralmente o maior de todos os problemas.
Nenhuma cidade da China foi citada. Por que será? Em compensação, há mais de 3 cidades da Índia.
Interessante ver a ideologia e a grana colocando suas patas nos resultados das pesquisas.


Bagda

Para ver a matéria inteira:

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

David Servan-Schreiber 1961 - 2011


Neuropsiquiatra, Servan-Schreiber, autor de 2 livros fantásticos:
"CURAR… O STRESS, A ANSIEDADE E A DEPRESSÃO SEM MEDICAMENTO NEM PSICANÁLISE" e " O ANTI -CÂNCER",
faleceu no dia 25 de julho passado. Em seus 50 anos de vida conseguiu deixar um legado de peso. Tomara ainda tenhamos tempo para aprender, pelo menos um pouco, da sabedoria que ele pesquisou e soube disseminar.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Nada é original


" Nada é original. Roube de qualquer lugar que inspire ou seja combustível para sua imaginação. Devore filmes antigos, filmes novos, música, livros, pinturas, fotografias, poemas, sonhos, conversas aleatórias, arquitetura, pontes, placas de rua, árvores, nuvens, massas de água, luz e sombras. Selecione apenas as coisas que falam diretamente à sua alma. Se fizer isso, seu trabalho ( e roubo) será autentico. Autenticidade é inestimável; originalidade é inexistente. E não perca tempo escondendo seu roubo - celebre-o, se sentir vontade. E lembre-se sempre de Jean-Luc Godard: Não é de onde você pega as ideias, mas para onde você as leva". ( Jim Jarmush)

sábado, 11 de junho de 2011

O Lobby da carne causando mais um estrago


Calúnia contra os alimentos crus
Fonte Dr Alberto Gonzales

"O que ocorre na Alemanha é uma campanha vergonhosa contra os alimentos naturais, orgânicos e vivos.
Toda acusação de hortaliças, pepinos e dos brotos de sementes germinadas é improcedente. Isto é um abuso. Todos os que conhecem microbiologia sabem as cepas letais de Escherichia coli e bactérias em geral crescem em matéria desvitalizada - como laticínios e carne.

Os alimentos vivos são aqueles que contam com o menor número de bactérias por grama (500 unidades), quando comparados a qualquer outro tipo de alimento.

Esta campanha visou desviar a atenção da opinião pública mundial do verdadeiro pivô da crise: a carne de porco. Neste momento, todas as mostras de carne infectada devem estar devidamente incineradas e enterradas. Uma verdadeira operação foi montada para evitar a real notícia, que levaria à quebra da industria de carne de porco. Trata-se do alimento mais importante do país mais importante da comunidade européia.

O governo alemão destina agora 200 milhões de euros (346 milhões de reais) aos agricultores prejudicados, para acalmar os ânimos. Um preço barato, quando comparado ao prejuízo que ocorreria após a veiculação do verdadeiro culpado pelas mortes.

O governo alemão já afirma que "o real causador da doença poderá não ser identificado". Pedem para que acreditemos em Papai Noel! A Alemanha, com seus laboratórios altamente sofisticados e sistemas avançados de rastreamento sabe muito bem o causador da epidemia letal. Mas não pode veicular a verdade, o que levaria a uma crise sem precedentes e um efeito econômico "dominó", na já combalida Europa.

E quem paga pelos efeitos morais e éticos? Um governo aparentemente sério como o da Alemanha aponta o dedo contra um tipo de alimento! Isso deixa marcas por dezenas de anos e mesmo até gerações. Se observarmos bem, já existe uma falsa idéia de que alimentos crus possam conduzir doenças.

A maioria das pessoas que ingere carne, leite e muitos alimentos deteriorados, todos eles "cozidos", pensa estar protegida. Mas podem haver até um bilhão de bactérias em um prato cozido que você come na rua. Ninguém traz isso à tona. Por milagre, e por eficiência dos sistemas imunes intestinais, sobrevivemos a estes ataques.

Mesma sorte não tiveram aqueles que ingeriram hamburgueres da rede Burger King em Seattle, nos Estados Unidos. Foram 200 mortes causadas por E.Coli H 520. Mas as industrias se aproveitam da pouca memória e mesmo da falta de informação das pessoas.

Lançaram esta calúnia contra os alimentos crus. É como inocentar um assassino adulto e armado e jogar a culpa em uma criança que brinca no parque.

A falácia sobre alimentos crus vem da idade média, quando ratos caminhavam entre os alimentos e havia fezes nas ruas da Europa. Coisa dos tempos do cólera, da Inquisição.

É hora de virar a página. Estamos no século XXI. Segurança alimentar é alimento vegetal - cru, vivo, orgânico e natural. O resto é hipocrisia e interesses financeiros."

Alberto P. Gonzalez, médico

terça-feira, 7 de junho de 2011

As super bactérias e o sistema agroindustrial


06/06/2011 18:10:49

Pepinos, porcos e doenças

Silvia Ribeiro (*)

O surgimento de uma nova variante letal da bactéria Escherichia coli (E. coli) em alimentos na Europa demonstra, novamente, o desastre sanitário em que nos meteu o sistema alimentar agroindustrial. Tratam-no como um acidente, mas na realidade é algo cada vez mais frequente, porque é uma consequência sistêmica. Era de se esperar, tal como o surgimento da gripe suína e da gripe aviária.

As autoridades sanitárias do governo alemão, onde primeiro se identificou o surto, acusaram os pepinos orgânicos espanhóis de serem os causadores da contaminação. Tiveram de retificar a acusação, porque era falsa, mas já tinham provocado grandes perdas. Acusam também os tomates e o alface, especula-se com o leite, a carne e a água engarrafada. Segundo o Instituto Robert Koch da Alemanha, trata-se de uma variante desconhecida, produto de recombinação de outras, que deu a nova E. coli entero-hemorrágica O140:H4. No princípio suspeitavam da E. coli O157:H7, que foi encontrada na carne picada de grandes empresas como a Cargill e que em 2008 levou à retirada de 64 milhões de toneladas de carne dos Estados Unidos e milhares de pessoas afetadas.

Neste caso dizem não saber de onde saiu nem quanto tempo vai durar, mas proliferou-se a vários países europeus e já causou 18 mortes e mais de 2.000 internações que podem ter consequências graves. Poder-se-ia juntar uma longa lista de acidentes graves do sistema alimentar industrial (carnes contaminadas, melamina, dioxinas, aditivos e embalagens de plástico tóxicos, adulterações). O certo é que graças à indústria agro-alimentar controlada por um vintena de transnacionais globais, a comida deixou de ser necessidade, prazer e cultura para se tornar em uma permanente ameaça à saúde.

No caso das bactérias E. coli, das quais há muitas variantes diferentes, estas são usadas e manipuladas na forma intensiva e extensiva pela indústria, o que favorece a criação de novos surtos continuamente. Por exemplo, são um elemento importante na construção de transgênicos (agro-alimentares, farmacêuticos e veterinários), são o vetor de fermentação da biologia sintética (manipulando com genes artificiais bactérias E. coli e leveduras, porque são rápidas e fáceis de usar), são o vetor para fabricar hormônios transgênicos (hormônio de crescimento bovino) para que as vacas produzam quantidades absurdas de leite que as adoecem e nos provocam doenças. Na maioria dos casos, para testar se a modificação genética foi bem sucedida aplicam-lhes antibióticos, pelo que para além da transferência horizontal de material genético entre diferentes bactérias (que só por si os transgênicos promovem), aumentam também a resistência aos antibióticos.

Como as E. coli estão presentes por todo o lado mas aumentam em certas condições (armazenamento, transporte, temperaturas, etc), nas grandes instalações são combatidas com batericidas que promovem ainda mais mutação e resistência.

A presença de bactérias e vírus, normais ou por falta de higiene e outras condições, pode acontecer tanto nas pequenas produções locais, como nas grandes. Mas nas pequenas e descentralizadas, desde a criação animal às culturas, comércio e processamento de alimentos, fica focalizada ou diluída entre muitas outras fontes de diversidade animal e vegetal.

É justamente o caráter extensivo e uniforme das culturas e dos animais que os torna mais vulneráveis, enquanto que os ataques contínuos com produtos químicos criam maior resistência, juntamente com grandes transportes e diversos embalamentos que os grandes supermercados exigem, o que contribui para criar as variantes mais perigosas. Já na espiral destrutiva, para controlar todo este desastre de doenças – quer as que são descobertas, quer as muitas sobre as quais não há estatísticas – aplicam mais produtos químicos como conservantes, aplicam irradiação de alimentos e embalagens com nanotecnologia para que os alimentos pareçam frescos, ainda que sejam nocivos.

Assim como aconteceu com a gripe suína, não é verdade que as autoridades não saibam de onde saiu a variante da bactéria. Inclusive, desde já, podemos dizer-lhes de onde virão muitas das próximas bactérias e vírus patogênicos.

A verdadeira origem do desastre é o sistema agro-alimentar, que foi sequestrado pelas transnacionais, e que para ganharem mais, a nossa comida é transgênica, torna-nos obesos, tem menos nutrientes e está cheia de venenos, sejam químicos ou nano-tecnológicos. Tão brutal foi o sequestro dos mercados, que em lugar de advertir os que têm tóxicos, etiqueta-se – com elevado custo para produtores e consumidores – os produtos orgânicos que não têm tóxicos. E de passagem, afirmam que são a origem das variantes patogênicas.

Consequentemente, o controle da segurança alimentar transformou-se numa máquina comercial que longe de favorecer a saúde pública e prevenir doenças, é um sistema seletivo de privilégios para as grandes empresas, para deslocar e impedir a produção e consumo de produtos camponeses, de pequenos produtores e de muitos países do Sul. (Recomendo a leitura do informe da Grain: Food safety for whom: corporate wealth vs. peoples’s health www.grain.org)

Apesar de tudo isto, 70% do planeta ainda se alimenta da produção camponesa, comunitária e familiar. Para a saúde de todos e do planeta, é isso que temos de resgatar e apoiar, contra a voracidade homicida das transnacionais.

(*)Silvia Ribeiro, investigadora do grupo ETC, publicado no jornal mexicano La Jornada. Traduzido por Carlos Santos para Esquerda.net

Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/pepinos-porcos-e-doencas/?sms_ss=facebook&at_xt=4deda1b2a97c6ef1%2C0

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma garrafa. Apenas uma garrafa pet!



É preciso reorientar o ser humano...

O Homem tem de ser reconstruído...

É impressionante quando percebemos que estamos nos encaminhando para um destino que pode ser terrível, apenas por entendermos que a obrigação é do outro. Nunca nossa!

É assim que delegamos as autoridades o poder para manter tudo limpo e em ordem... Só que os representantes dessa autoridade estão muito mais preocupados em satisfazer sua própria ganância...

Enquanto isso, a garrafa fica no caminho de todos nós. Nos sujeitando à próxima catástrofe ambiental...

sábado, 23 de abril de 2011

ATENÇÃO: ÁGUA!!!

EM ALGUNS LUGARES
ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS


Deli, Índia. Todos querem, apenas, um pouco de água...
Moradores de uma favela em disputa, em Deli Índia, para a água que é entregue no dia a dia. O acampamento é o lar de cerca de 4.000 trabalhadores migrantes, mas carecem de uma fonte de água limpa e são dependentes de caminhões pipa, público e privado, para trazê-la.
Leia mais: http://www.time.com/time/photogallery/0,29307,1724375_1552668,00.html#ixzz1KMElUNbj
 

Dois Sudaneses bebem água dos pântanos, com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes, responsáveis pela enfermidade da lombriga da Guiné.
O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.
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Os glaciares que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume, no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esqui do glaciar de Pitztal, na Áustria, cobrem o glaciar com uma manta especial para proteger a neve e retardar o seu derretimento, durante os meses de Verão...
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As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.

 
Água com cheiro fétido misturado com carvão são as que correm nas torneiras de Kenny Stroud por mais de uma década, na cidade de Rawl, West Virginia.
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Aldeões na ilha de Coronilla, Quénia, cavam poços profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra. 
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Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, o Mar de Aral, agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão... Perdeu 2/3 do seu volume de água porque os rios desviado para irrigação de algodão, na era soviética.  
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Alunos do ensino fundamental Miyun em Pequim ao descobrirem o estado sujo de uma amostra de água retirada do seu reservatório local. De 25 a 33 por cento dos chineses não têm acesso a água potável.



A água em Mumbai, na Índia, é extremente cara; muitos moradores da favela dependem de vazamentos encontrados - ou criados - nos tubos de massa que levam água aos bairros mais ricos. Os pobres da cidade, para evitar o lixo que cerca suas residências, andam em cima das condutas.
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As crianças dos países em desenvolvimento têm medo de usar latrinas e similares, porque elas são escuras e mal cheirosas, além de temerem cair no buraco. Para esta escola, na Índia, a WaterAid, uma ONG britânica constrói banheiros para crianças.
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VALORIZE A ÁGUA!
EM
ALGUNS LUGARES, ELA
JÁ NÃO EXISTE MAIS...

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