terça-feira, 20 de dezembro de 2011
A arte de reciclar água
As boas notícias (ainda que possam não ser notícias de interesse amplo…)
As palavras ganham força quando são usados massivamente em cada época.
Sem dúvida uma dessas palavras têm sido SUSTENTABILIDADE. Todos os programas de governo e de corporações passam, necessariamente pela chancela de serem Sustentáveis.
Este vídeo promovido pelo programa Cidades Sustentáveis apresenta de forma simples e muito objetiva do que é que se está falando.
Trata-se de uma aula de cidadania e de bom senso (quem se lembra o que é bom senso? Pois é; pelo jeito ainda não desapareceu, não…).
Ações sustentáveis são as que garantirão à nossa vida mais alegria, mais saúde e – claro – uma grande oportunidade de continuidade evolutiva…
vejam o vídeo e opinem…
Sem dúvida trata-se de uma ótima notícia que merece ser conhecida e divulgada. Faça sua parte…
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Cadê o Nióbio que ‘tava’ aqui? “Alguém” levou…
Nesta imagem percebe-se uma das aplicações do NIÓBIO, para supercondutores. esta imagem foi obtida no Blog JB|WIKI, cuja matéria também merece ser lida.
Minha intenção ao postar esse tipo de assunto é para que haja um despertar crescente do povo brasileiro. Sim; do povo brasileiro, já que os políticos brasileiros e as mega empresas internacionais já o conhecem há um bom tempo e sabem a forma de adquirir esse precioso minério de forma bem acessível, se é que podem entender do que falo…
Sempre que coloco esse tipo de tema tenho a esperança de ver que alguém fez um comentário… Será que minha expectativa é muito elevada?
Quem sabe algum dia, não é mesmo?
Tomara que ainda tenhamos “esse dia” em algum dia…
Floresta privatizada em Rondônia esconde nióbio, o mineral mais estratégico e raro no mundo.
Matéria produzida por Nelson Townes e publicada no portal www.noticiaro.com. (Postado em Porto Velho, Rondônia, em 6/3/2011, domingo, às 18h06 GMT -4)
Com o início da Era Espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio brasileiro, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr, Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear.
Bem que o governador de Rondônia, o médico Confúcio Moura, ficou meditando sobre o interesse da China por este Estado da Amazônia. As primeiras delegações estrangeiras que ele recebeu na Capital, Porto Velho, após tomar posse como novo governador foram de chineses. Primeiro veio um grupo de empresários , logo seguidos pela visita do próprio embaixador da China no Brasil, Qiuiu Xiaoqi e da embaixatriz Liu Min.
Os chineses não definiram, nas palavras do governador, o que lhes interessa em Rondônia. Mas, é possível que a palavra “nióbio” tenha sido pronunciada durante as conversações.
Confúcio Moura comentaria após as visitas partirem que “algo de sintomático paira no ar” e fez uma visita à Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais em Rondônia (CPRM) para saber de suas atividades no Estado.
Oficialmente, o governador nunca se referiu ao nióbio como um dos temas das conversas com os chineses. Mas, o súbito interesse do médico governador por geologia gerou comentários.
Seria ingenuidade descartar o nióbio dos motivos que levariam os chineses a viajar do outro lado do planeta para Rondônia. Este é um dos Estados da Amazônia que tem esse minério estratégico de largo uso em engenharia civil e militar de alta tecnologia. A China não tem nióbio e importa do Brasil 100 por cento do que usa.
O problema é que as jazidas atualmente conhecidas em Rondônia estão localizadas na Floresta Nacional (Flona) do Jamari, por onde o governo petista de Lula começou a “vender” a Amazônia para particulares (são concessões com prazo de 60 anos.)
O então presidente dos Estados Unidos, George Bush, fez uma visita ao Brasil e abraçou o presidente Lula quando o Brasil decidiu leiloar a Amazônia.
Os particulares vencedores do leilão da floresta, historicamente, acabam se consorciando a estrangeiros, e riquezas da bio e geodiversidades de Rondônia poderão continuar a migrar para o Exterior, restando migalhas para o povo rondoniense.
Ninguém está duvidando da boa intenção dos empresários chineses e, se de fato é o nióbio que atrai sua atenção para Rondônia, o Estado pode estar nas vésperas de realizar uma parceria comercial e reverter uma história de empobrecimento causada pela má administração de suas riquezas naturais.
O nióbio, hoje, representa o que foi a borracha há um século para o desenvolvimento industrial das potências mundiais da época. O Brasil, que tem o monopólio mundial da produção desse minério estratégico e vive um Ciclo do Nióbio, está, no entanto, repetindo erros ocorridos durante o Ciclo da Borracha na Amazônia entre os séculos 19 e 20.
Por exemplo, embora seja o maior produtor do mundo, o Brasil deixa que o preço do minério seja ditado pelos estrangeiros que o compram (como acontecia no Ciclo da Borracha.)
O nióbio (Nb) é elemento metálico de mais baixa concentração na crosta terrestre, pois aparece apenas na proporção de 24 partes por milhão.
Quase anônimo, entrou na lista dos "novos metais nobres" por suas multiplicas utilidades nas recentes “tecnologias de ponta”. Praticamente só existe no Brasil (que tem entre 96 a 97 por cento das jazidas.
O nióbio é usado principalmente para a fabricação de ligas ferro-nióbio, de elevados índices de elasticidade e alta resistência a choques, usadas na construção pontes, dutos, locomotivas, turbinas para aviões etc.
Por ter propriedades refratárias e resistir à corrosão, o nióbio é também usado para a fabricação de superligas, à base de níquel (Ni ) e, ou de cobalto (Co), para a indústria aeroespacial (turbinas a gás, canalizações etc.), e construção de reatores nucleares e respectivos aparelhos de troca de calor.
Na década de 1950, com o início da corrida espacial, aumentou muito o interesse pelo nióbio, o mais leve dos metais refratários. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr, Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear, e também para fins relacionados à supercondutividade. Os tomógrafos de ressonância magnética para diagnóstico por imagem, utilizam magnetos supercondutores feitos com a liga NbTi.
Com o nióbio são feitas desde ligas supracondutoras de eletricidade a lentes óticas. Tudo o que os chineses estão fazendo, desenvolvendo-se como potência tecnológica, industrial e econômica.
“O nióbio otimiza o uso do aço na indústria de aviação, petrolífera e automobilística”, explica a jornalista Danielle Nogueira, em artigo no site Infoglobo.
Em países desenvolvidos, são usados de oitenta gramas a cem gramas de nióbio por tonelada de aço. “Isso deixa o carro mais leve e econômico”. Na China, são usadas apenas 25 gramas em média de nióbio por tonelada.
Analistas dizem que no mercado asiático estão as chances de expansão das exportações – e utilização do minério. O Japão também importa 100 por cento do nióbio do Brasil. No Ocidente, os Estados Unidos importam 80 por cento e a Comunidade Econômica Europeia, 100.
O diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes, citado por Danielle Nogueira, disse que “boa parte do potencial de expansão de nossas exportações de nióbio está na China.”
“Em 2010, a receita com vendas externas de nióbio foi de US$ 1,5 bilhão. Foi o terceiro item da pauta de exportações minerais, atrás de minério de ferro e ouro. As duas empresas que atuam no setor no Brasil são a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, do grupo Moreira Sales e dona da mina de Araxá (MG), e a Anglo American, proprietária da mina de Catalão (GO.)”
É provável, portanto, que o principal interesse dos chineses por Rondônia seja exatamente o nióbio escondido no sub solo do Estado, em números ainda não bem conhecidos, especialmente em terras que podem ser compradas ainda que indiretamente por estrangeiros.
Até o momento, segundo o Mapa Geológico de Rondônia feito pelo CPRM, foram descobertas jazidas desse minério na região da Floresta Nacional (Flona) do Jamari.
A área tem mais de 220 mil hectares de extensão, localizada a 110 km de Porto Velho, atinge os municípios de Itapuã do Oeste, Cujubim e Candeias do Jamari. Além da enorme quantidade de madeira e água, o subsolo da floresta a ser leiloada é rico, além de nióbio, de estanho, ouro, topázio e outros minerais.
As jazidas de Araxá (MG) e Catalão (GO) eram consideradas as maiores do mundo até serem descobertas as da Amazônia.
As jazidas de Rondônia são as menores da Amazônia, mas há ainda muito a ser investigado. Na região do Morro dos Seis Lagos, município de São Gabriel da Cachoeira (AM), encontrou-se o maior depósito de nióbio do mundo, que suplanta em quantidade de minério, as jazidas de Araxá (MG) e Catalão (GO), antes detentoras de 86% das reservas mundiais.
Por que os chineses desembarcaram em Rondônia – se um de seus supostos interesses, o mais óbvio, seriam negócios com nióbio, embora existam poucas jazidas aqui? Porque o minério estratégico está na Floresta Nacional do Jamari, que o governo petista de Lula escolheu, em 2006, através da então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.para iniciar a privatização da floresta.
Não seria surpresa se os chineses resolvessem, de alguma forma, em participar do leilão da Flona do Jamari. Em outras áreas, como em Roraima, onde se supõe existir uma reserva de nióbio maior do que todas as conhecidas no país, é mais difícil extrair o minério porque ele está, em princípio, preservado e inalienável por pertencer ao território indígena da Raposa do Sol. A venda de florestas em Rondônia abre caminho para a exploração de sua biogeodiversidade por estrangeiros.
O plano do governo federal é dividir a Flona do Jamari em três grandes áreas (17 mil, 33 mil e 46 mil hectares) e usa-la como modelo, concedendo o direito de exploração à grandes empresas com o discurso de que preservariam melhor o meio ambiente.
Das oito empresas que se inscreveram para entrar na disputa, não há nenhuma das pequenas e médias madeireiras que já atuam na região há vários anos.
A privatização da floresta tem sofrido embargos judiciais. E o senador Pedro Simon (PMDB/RS) declarou na época que a proposta que trata a concessão de florestas públicas, transformada na Lei 11.284 em março de 2006, "foi no mínimo, uma das mais discutíveis que já transitaram no Congresso Nacional, além de ter sido aprovada sem o necessário aprofundamento do debate."
O interesse das potências estrangeiras pelas riquezas naturais brasileiras é antigo. Os brasileiros prestaram mais atenção ao nióbio em 2010, quando o site Wikileaks disse que o governo americano incluiu as minas de nióbio de Araxá (MG) e Catalão (GO) no mapa de áreas estratégicas para os EUA. O mapa certamente inclui agora as grandes jazidas dos Estados do Amazonas e Roraima e o pouco conhecido potencial de Rondônia.
Frequentemente a CPRM e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) são acusados de sub avaliar o tamanho das jazidas, das reservas.
Ainda assim, considerando-se válidas as estimativas da CPRM, o Brasil seria o dono de um superdepósito de nióbio, com 2,9 bilhões de toneladas de minérios, a 2,81% de óxido de nióbio, o que representaria 81,4 milhões de toneladas de óxido de nióbio contido, nada menos do que 14 vezes as atuais reservas existentes no planeta Terra, incluindo aquelas já conhecidas no subsolo do país.
Os minérios de nióbio acumulados no "Carbonatito dos Seis Lagos" (AM), somados às reservas medidas e indicadas de Goiás, Minas Gerais e do próprio estado do Amazonas, passariam a representar 99,4% das reservas mundiais.
O nióbio, portanto, é um minério essencialmente nacional, essencialmente brasileiro, mas quem fixa os preços é a "London Metal Exchange - LME", de Londres.
O contra-almirante reformado Roberto Gama e Silva, sugeriu, na condição de presidente do Partido Nacionalista Democrático (PND), a criação pelo governo do Brasil da Organização dos Produtores e Exportadores de Nióbio (OPEN), nos moldes da Organização dos Produtores de Petróleo (OPEP), a fim de retirar da "London Metal Exchange (LME) o poder de determinar os preços de comercialização de todos os produtos que contenham o nióbio.
A LME fixa, para exportação, preços mais baixos do que os cobrados nas jazidas.
“Evidente que as posições do Brasil, no novo organismo, seriam preenchidas com agentes governamentais que, não só batalhariam para elevar os preços dos produtos que contém o nióbio, mas, ainda, fixariam as quotas desses materiais destinadas à exportação” – diz Silva.
De qualquer forma, em 2010, a receita com vendas externas de nióbio foi de US$ 1,5 bilhão. Foi o terceiro item da pauta de exportações minerais, atrás de minério de ferro e ouro.
Num encontro com jornalistas, realizado em 7 de fevereiro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que um novo marco regulatório da mineração no Brasil será encaminhado ao Congresso ainda no primeiro semestre deste ano.
Lobão disse que serão encaminhados três projetos independentes: um que trata das regras de exploração do minério, outro que cria a agência reguladora do setor e um terceiro que trata exclusivamente dos royalties.
Segundo Lobão, o Brasil tem hoje um dos menores royalties do mundo. “Nós cobramos no Brasil talvez o royalty mais baixo do mundo. A Austrália e países da África chegam a cobrar 10% e o Brasil apenas 2% ".
Aquíferos no Brasil
Esta foto foi extraída do Blog que trata de questões ambientais, dentre outros assuntos, revela a descoberta desse aquífero, baseado na pesquisa da Universidade Federal do Pará, conforme noticiado pelo Último Segundo.
As notícias, sem dúvida importantes, devem nos levar a uma profunda reflexão sobre a forma como temos tratado desse bem, especialmente nos últimos 150 / 200 anos.
A ocorrência das secas em várias regiões do globo, bem como em algumas das regiões brasileiras fora das áreas mais castigadas pela seca (caso do Nordeste e parte do Centro Oeste). Temos crise hídrica no Rio Grande do Sul, no Paraná e em São Paulo.
Cito esses três estados apenas, já que não conheço mais profundamente essa questão em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina (só para aumentar um pouco a lista de regiões críticas).
Os links estão apresentados. Se alguém quiser conhecer um pouco mais e dar mais uma chance à vida, está é uma das oportunidades que nos são apresentadas.
Reflita, também, sobre as reações que descobertas dessa natureza podem despertar naqueles que vivem em regiões de seca…
Seca no Texas e falta de juízo nossa
Muito menos ainda é feita uma análise sobre a situação atual e suas causas anteriores. Nada!
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Você bebe água mineral? Tem certeza?
A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do permitido.
Troca de dutos na presença de fiscais é rotina. O terreno do Parque das Águas de São Lourenço está afundando devido ao comprometimento dos lençóis subterrâneos. A extração em níveis além do aceito está comprometendo os poços minerais, cujas águas têm um lento processo de formação. Dois poços já secaram. Toda a região do sul de Minas está sendo afetada, inclusive estâncias minerais de outras localidades. Durante anos a Nestlé vinha operando, sem licença estadual. E finalmente obteve essa licença no início de 2004.
Em janeiro deste ano, graças ao apoio desses grupos, Franklin conseguiu interpelar pessoalmente, e em público, o presidente mundial do Grupo Nestlé. Este, irritado, respondeu que mandaria fechar imediatamente a fábrica da Nestlé em São Lourenço.
Sabemos que outras empresas, como a Coca-Cola, estão no mesmo caminho da Nestlé, adquirindo terrenos em importantes áreas de fontes de água.
sábado, 3 de setembro de 2011
A Riqueza que o Governo do Brasil está deixando para os estrangeiros
Faz algum tempo que alguns jornais têm noticiado sobre a questão do NIÓBIO. É claro que a grande maioria das pessoas ainda não se deu conta da importância desse elemento químico, cuja ocorrência na natureza é predominante no território brasileiro (especialmente na Amazônia).
Abaixo transcrevo (e destaco) algumas das suas aplicações. Acredito, realmente, que a liga formada com o NIÓBIO, venha a ser uma solução às usinas termonucleares.
Aplicações
O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.
- Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.
- Usado em soldas elétricas.
- Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini.
- O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em capacitores.
Nesta semana foi anunciada a venda – pela bagatela de US$ 1,95 bi de 15% da CBMM (empresa de mineração e siderurgia de NIÓBIO) aos chineses.
Essa questão é muito mais importante do que se discutir, por exemplo, a possível riqueza que o brasileiro teria com a exploração do pré-sal. O Nióbio já existe e está ao dispor, até agora pelos estrangeiros. Os nossos “governantes” teimam em desconhecer essa realidade.
A notícia foi divulgada pelo jornal Valor Econômico.
Outras informações sobre Nióbio: Nióbio - A riqueza que o Brasil Despreza; Nióbio, palavra proibida aos brasileiros; Nióbio. Mais uma notícia; etc..
Na área da riqueza mineral temos sido extremamente desatenciosos com nosso futuro. Ou será que podemos ficar tranquilos de que a enorme quantidade de minério de ferro (sem qualquer beneficiamento) exportada aos outros países, que retornam depois de receberem muito valor agregado, além de mão-de-obra, poderá continuar por quanto tempo mais…
Estamos sendo saqueados, sem que toda essa riqueza, sequer, passe pela contrapartida de gerar um mínimo de riqueza aos brasileiros. Ao menos nas questões de educação, saneamento básico, saúde e dignidade.sexta-feira, 19 de agosto de 2011
As cidades mais poluídas do mundo
Interessante ver a ideologia e a grana colocando suas patas nos resultados das pesquisas.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
David Servan-Schreiber 1961 - 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Nada é original
sábado, 11 de junho de 2011
O Lobby da carne causando mais um estrago
terça-feira, 7 de junho de 2011
As super bactérias e o sistema agroindustrial
06/06/2011 18:10:49
Pepinos, porcos e doenças
Silvia Ribeiro (*)
O surgimento de uma nova variante letal da bactéria Escherichia coli (E. coli) em alimentos na Europa demonstra, novamente, o desastre sanitário em que nos meteu o sistema alimentar agroindustrial. Tratam-no como um acidente, mas na realidade é algo cada vez mais frequente, porque é uma consequência sistêmica. Era de se esperar, tal como o surgimento da gripe suína e da gripe aviária.
As autoridades sanitárias do governo alemão, onde primeiro se identificou o surto, acusaram os pepinos orgânicos espanhóis de serem os causadores da contaminação. Tiveram de retificar a acusação, porque era falsa, mas já tinham provocado grandes perdas. Acusam também os tomates e o alface, especula-se com o leite, a carne e a água engarrafada. Segundo o Instituto Robert Koch da Alemanha, trata-se de uma variante desconhecida, produto de recombinação de outras, que deu a nova E. coli entero-hemorrágica O140:H4. No princípio suspeitavam da E. coli O157:H7, que foi encontrada na carne picada de grandes empresas como a Cargill e que em 2008 levou à retirada de 64 milhões de toneladas de carne dos Estados Unidos e milhares de pessoas afetadas.
Neste caso dizem não saber de onde saiu nem quanto tempo vai durar, mas proliferou-se a vários países europeus e já causou 18 mortes e mais de 2.000 internações que podem ter consequências graves. Poder-se-ia juntar uma longa lista de acidentes graves do sistema alimentar industrial (carnes contaminadas, melamina, dioxinas, aditivos e embalagens de plástico tóxicos, adulterações). O certo é que graças à indústria agro-alimentar controlada por um vintena de transnacionais globais, a comida deixou de ser necessidade, prazer e cultura para se tornar em uma permanente ameaça à saúde.
No caso das bactérias E. coli, das quais há muitas variantes diferentes, estas são usadas e manipuladas na forma intensiva e extensiva pela indústria, o que favorece a criação de novos surtos continuamente. Por exemplo, são um elemento importante na construção de transgênicos (agro-alimentares, farmacêuticos e veterinários), são o vetor de fermentação da biologia sintética (manipulando com genes artificiais bactérias E. coli e leveduras, porque são rápidas e fáceis de usar), são o vetor para fabricar hormônios transgênicos (hormônio de crescimento bovino) para que as vacas produzam quantidades absurdas de leite que as adoecem e nos provocam doenças. Na maioria dos casos, para testar se a modificação genética foi bem sucedida aplicam-lhes antibióticos, pelo que para além da transferência horizontal de material genético entre diferentes bactérias (que só por si os transgênicos promovem), aumentam também a resistência aos antibióticos.
Como as E. coli estão presentes por todo o lado mas aumentam em certas condições (armazenamento, transporte, temperaturas, etc), nas grandes instalações são combatidas com batericidas que promovem ainda mais mutação e resistência.
A presença de bactérias e vírus, normais ou por falta de higiene e outras condições, pode acontecer tanto nas pequenas produções locais, como nas grandes. Mas nas pequenas e descentralizadas, desde a criação animal às culturas, comércio e processamento de alimentos, fica focalizada ou diluída entre muitas outras fontes de diversidade animal e vegetal.
É justamente o caráter extensivo e uniforme das culturas e dos animais que os torna mais vulneráveis, enquanto que os ataques contínuos com produtos químicos criam maior resistência, juntamente com grandes transportes e diversos embalamentos que os grandes supermercados exigem, o que contribui para criar as variantes mais perigosas. Já na espiral destrutiva, para controlar todo este desastre de doenças – quer as que são descobertas, quer as muitas sobre as quais não há estatísticas – aplicam mais produtos químicos como conservantes, aplicam irradiação de alimentos e embalagens com nanotecnologia para que os alimentos pareçam frescos, ainda que sejam nocivos.
Assim como aconteceu com a gripe suína, não é verdade que as autoridades não saibam de onde saiu a variante da bactéria. Inclusive, desde já, podemos dizer-lhes de onde virão muitas das próximas bactérias e vírus patogênicos.
A verdadeira origem do desastre é o sistema agro-alimentar, que foi sequestrado pelas transnacionais, e que para ganharem mais, a nossa comida é transgênica, torna-nos obesos, tem menos nutrientes e está cheia de venenos, sejam químicos ou nano-tecnológicos. Tão brutal foi o sequestro dos mercados, que em lugar de advertir os que têm tóxicos, etiqueta-se – com elevado custo para produtores e consumidores – os produtos orgânicos que não têm tóxicos. E de passagem, afirmam que são a origem das variantes patogênicas.
Consequentemente, o controle da segurança alimentar transformou-se numa máquina comercial que longe de favorecer a saúde pública e prevenir doenças, é um sistema seletivo de privilégios para as grandes empresas, para deslocar e impedir a produção e consumo de produtos camponeses, de pequenos produtores e de muitos países do Sul. (Recomendo a leitura do informe da Grain: Food safety for whom: corporate wealth vs. peoples’s health www.grain.org)
Apesar de tudo isto, 70% do planeta ainda se alimenta da produção camponesa, comunitária e familiar. Para a saúde de todos e do planeta, é isso que temos de resgatar e apoiar, contra a voracidade homicida das transnacionais.
(*)Silvia Ribeiro, investigadora do grupo ETC, publicado no jornal mexicano La Jornada. Traduzido por Carlos Santos para Esquerda.net
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Uma garrafa. Apenas uma garrafa pet!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
ATENÇÃO: ÁGUA!!!
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EM ALGUNS LUGARES, ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS...